A tensão crescente entre os trabalhadores sem-terra e os proprietários rurais deve continuar até que o governo tome medida concretas em relação à reforma agrária, mas analistas e parlamentares afastam a ideia da iminência de uma crise institucional decorrente deste conflito.O arrendamento pode ser urbano ou rural.
Arrendamento urbano é aquele pelo qual uma das partes concede à outra o uso temporário de um prédio urbano, no todo ou em parte, mediante retribuição.
Arrendamento rural é aquele que tem por objetivo a locação de prédios rústicos para fins de exploração agrícola ou pecuária, nas condições de uma regular utilização.
Arrendatário são aquelas pessoas que alugam a terra de um proprietário e pagam em dinheiro.
Luta do Movimento Sem Terra (MST)
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) é um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do campo, principalmente no tocante à luta pela reforma agrária brasileira. Como se sabe, no Brasil prevaleceu historicamente uma desigualdade do acesso a terra, consequência direta de uma organização social sem limites entre domínio público e privado e patriarcalista ao longo de séculos, predominando o grande latifúndio como sinônimo de poder. Desta forma, dada à concentração fundiária, as camadas menos favorecidas como escravos, ex-escravos ou homens livres de classes menos abastadas teriam maiores dificuldades à posse da terra.
Massacre de Eldorado dos Carajás
O massacre de Eldorado do Carajás entrou para a História como o mais emblemático conflito pela posse de terras no Brasil. O combate que resultou na morte de 19 sem-terra aconteceu no dia 17 de abril de 1996. Dias antes, em 8 de abril, 1.500 sem-terra acampados na Fazenda Macaxeira, em Curionópolis, saíram em passeata em direção a Belém para protestar contra a demora do governo federal em assentar suas famílias. Uma semana depois, resolveram acampar as margens da Rodovia PA-150, na altura de Eldorado do Carajás.
Cansados, bloquearam a estrada, pedindo comida e transporte para concluir a marcha. Em 16 de abril, o governador Almir Gabriel (PSDB) ordenou a desobstrução da estrada. A tropa comandada pelo coronel Mário Pantoja, o major José Maria Oliveira e o capitão Raimundo Almendra chegou no dia seguinte. Recebidos a paus e pedras, os PMs revidaram. O combate deixou 19 sem-terra mortos e mais de 60 feridos.
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